Estamos a Respirar
Consciência
Senta-te aqui ao meu lado—imagina uma noite calma, o
mundo em silêncio, o ar parado como se segurasse um segredo antigo. Vou-te
contar isto devagar, como quem partilha uma memória sagrada com alguém que
finalmente está pronto para ouvir.
Lembras daquela frase?
“Não estou a respirar ar. Estou a respirar consciência.”
Parece poético, mas esconde uma verdade tão profunda que,
quando compreendida, transforma para sempre a forma como se vê a vida.
O Que Vai Embora Quando Prendes a Respiração
Repara numa coisa simples: se tapas o nariz e a boca
durante quatro minutos, o teu coração continua, o cérebro não desliga, os
órgãos seguem o seu trabalho silencioso. O corpo permanece vivo.
Mas a consciência… essa desaparece.
Então surge a pergunta que quase ninguém ousa fazer:
Se o corpo não pára, o que é que se vai embora?
A Parte Esquecida da
História
Durante milénios acreditou-se que a consciência não
estava presa no cérebro como um prisioneiro dentro de paredes biológicas. Ela
estaria ligada a nós através de um campo invisível. Os antigos chamavam-lhe
éter — um mar silencioso onde flutuava tudo: luz, som, pensamentos, sonhos.
Gregos sabiam disso. Hindus sabiam disso. Egípcios
também.
Com o tempo, essa sabedoria foi arrancada dos livros.
Disseram que não era científico.
Mas era. E continua a ser.
Nos textos antigos da Índia, os Vedas falam do prana —
não apenas energia, mas uma inteligência viva que se move no ar e que tem
origem neste campo subtil.
Respirar é Receber
Informação Viva
Quando respiras profundamente, puxas mais do que
oxigénio. Puxas informação subtil. Puxas presença. Os antigos afirmavam que o
ar consciente reacende a ligação com aquilo que te criou.
Isso não é religião. É uma forma de ciência tão antiga
que ainda não cabe nas máquinas, mas cabe perfeitamente no coração humano.
Os caldeus — sábios que viveram antes da queda da
Babilónia — acreditavam que o “mundo superior” enviava consciência ao corpo
através de um fluxo invisível, mais leve que o vento. Se esse fluxo fosse
cortado, a consciência adormecia.
E isso é exatamente o
que acontece quando a respiração cessa:
o corpo fica, mas a luz apaga.
O Que a Ciência Moderna Ignorou
A ciência contemporânea ficou presa no oxigénio, no
dióxido de carbono, nos gases.
Mas raramente fala daquilo que realmente desaparece no
instante em que a respiração consciente se perde: a tua presença.
Presença não é memória.
Não é batimento cardíaco.
É aquela chama interna que diz silenciosamente:
“Eu estou aqui. Eu sou eu.”
Respirar Consciência é
Lembrar Quem Somos
Quando alguém diz “não estou a respirar ar, estou a
respirar consciência”, está a lembrar algo que a humanidade sempre soube: o que
nos mantém despertos não é só química. É ligação — ao mundo, ao outro, ao
invisível.
Respirar com atenção não é apenas encher os pulmões.
É tocar o campo de onde viemos.
É ativar a mesma força que anima tudo o que vive.
E Se Quiseres Ir Mais Fundo…
Há culturas que usavam essa ligação para curar traumas,
orientar decisões e até reconhecer momentos de passagem entre vida e morte.
Isso fica para outra noite calma.
Por agora, guarda isto no peito:
O ar é invisível, mas o que ele carrega é o que te torna
vivo.



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