Concorda comigo que não dava para Jesus sair falando de física quântica naquela época? Imagina a cena: “Gente, olha aqui o átomo… ele tem menos de 1% de matéria sólida, o resto é espaço. Tudo é energia. Dá pra colapsar a função de onda com a intenção. Aqui, ó, o experimento da dupla fenda…”. Ninguém entenderia absolutamente nada.
Mas a inteligência do mestre estava justamente aí. Ele não falava em fórmulas, falava em imagens. Não usava equações, usava metáforas. Ele traduzia princípios profundos na linguagem mais simples possível.
Quando ele diz: “Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: lança-te ao mar”, ele não está falando de geologia. Está falando de consciência. Está apontando para o mesmo princípio que hoje a ciência moderna começa a investigar por outros caminhos: a realidade responde à forma como é observada e interpretada.
O universo não debate com você. Ele não questiona suas certezas. Ele simplesmente responde. Aquilo que você assume como verdade absoluta vira o molde da sua experiência.
E aqui mora o problema. As verdades absolutas das pessoas.
Quando alguém acredita, no fundo da alma, que o mundo é mau, essa pessoa passa a viver cercada por um mundo hostil. Quando acredita que tudo é escasso, vive permanentemente na escassez. Quando acredita que é o sofrimento que aproxima de Deus, constrói uma vida inteira baseada na dor.
Não porque isso seja uma lei divina, mas porque a consciência organiza a realidade a partir dessas crenças.
Jesus não estava ensinando mágica. Estava ensinando responsabilidade interior. Você cria a sua realidade — não de forma ingênua, nem instantânea, mas de forma contínua, silenciosa e profunda.
Se as pessoas realmente compreendessem isso, não como frase bonita, mas como princípio vivido, a mudança na humanidade seria imensa. O mundo externo começaria a se transformar no exato ponto onde hoje quase ninguém olha: dentro.
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